sexta-feira, 30 de julho de 2010



UMA PRECE À DEUS
Extraído do traité sur la Tolérance de
Voltáire, tradução JC Mino - M.M

Não é mais aos homens que me dirijo Senhor é a Ti, Deus de todos os seres, de todos os mundos, de todos os tempos.
Se for permitido a falíveis criaturas perdidas na imensidão e imperceptíveis ao resto do universo ousar-te pedir qualquer coisa, é a ti, que tudo tens feito, é a ti cujas vontades são imutáveis e eternas, digna-te ver com piedade os erros comuns à nossa natureza, para que esses erros não agravem as nossas desgraças.
Tu que não nos deste coração para odiar e nem mãos para sufocar, faz com que nós nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira; que as pequenas diferenças entre as roupas que revestem nossos corpos débeis, entre nossas línguas incompetentes, entre todos os nossos costumes ridículos, entre todas as nossas leis imperfeitas, entre todas as nossas opiniões insensatas, entre todas as nossas condições, tão diferentes aos nossos olhos, e tão iguais perante a Ti, que estas pequenas nuanças que diferenciam os átomos chamados homens não sejam motivo de ódio e perseguição.
Que aqueles que acendam círios em pleno dia para Te celebrar ajudem àqueles que se contentam com a luz do teu sol.
Que os que cobrem as roupas com um manto branco para afirmar que é preciso Te amar não mais detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto de lã negra.
Que seja o mesmo Te adorar em um dialeto originário de uma língua antiga ou em um falar mais moderno.
Que aqueles que dominam sobre um pequeno pedaço de um pequeno monte de lama do mundo e que possuem alguns fragmentos redondos de um certo metal desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza, e que os outros o vejam sem inveja; porque tu sabes que não há nestas vaidades, nem do que invejar nem do que se orgulhar.
Possam todos os homens se lembrar de que são irmãos.
Que tenham horror da tirania exercida sobre as almas, como execrem a violência, que obtém pela força o fruto do trabalho.
Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos odiemos, não nos dilaceremos uns aos outros em nome da paz, e empreguemos o instante que é nossa existência a agradecer em mil linguagens desde o Sião até a California, tua bondade que nos permitiu este instante.

Do Livro A NOVA CIÊNCIA E A FÉ de Moacir Costa de Araújo Lima

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A VIDA




Tanta vida em uma piscada tão rápida que parece não restar tempo para a vida. Quantas perguntas! Tantas respostas! Como podemos armazená-las neste abrir e fechar de olhos ou neste tempo que não passa....
Caminhamos atrás da razão e a razão caminha no nosso passo, nem no antes nem no depois, tão somente no agora.Tanto que a queremos possuí-la, e sempre é ela a nos possuir, e quando assim o permitimos o nosso Espírito comunga com Deus...E aí o que importa o tempo??? Encontramos a VIDA!!!!!