domingo, 13 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL !!!!



"Então é Natal..."
Época do ano em que as centelhas divinas de nossos corações se fazem tão forte que até acendem as luzes da cidade...Fica tudo mais bonito, mais leve porque permitimos a entrada de Jesus em nossos corações que nos intui a declarar o nosso Amor aos nossos irmãos tal qual Ele nos ensinou, formando uma corrente de Fraternidade Caridade com os elos cintilantes de bem querença e boa vontade.

"Então é Natal...."
É Jesus se fazendo representar por nosso criador, para nos dizer que nada está perdido, que a centelha do Amor em nós existe, e só depende de nós acendê-la com maior ou menor intensidade de acordo, exclusivamente, com a nossa vontade.
Roguemos então Ao Deus criador que através de seu Filho dileto, O Cristo Salvador , nos conceda a graça de permanecermos iluminados clareando o nosso caminho e o de todos que de nós se aproximem, seja através da presença física ou da presença espiritual, por todos os dias de nossas vidas.


FELIZ NATAL E GRAÇAS À DEUS E AO CRISTO SALVADOR!!!!!!
Beijosssss!
Jacinta

domingo, 8 de novembro de 2009



- “Conheça-te a ti mesmo, e conheceras os deuses e o universo” (Sócrates)
- “Só sei que nada sei...” (Sócrates)
- “Penso 99 vezes e nada descubro... Deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio, e eis que 'algo' me revela a verdade” (Albert Einstein)
- “Tudo o que é necessário para o triunfo do Mal, é que os homens de Bem não façam nada!” (Edmund Burke, Filósofo do Século 17)
- “Toda verdade passa por três estágios: Primeiro é ridicularizada, Segundo é violentamente combatida e Terceiro, é aceita como obvia...” – (Arthur Schopenhauer)
- “A Mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original”. (Albert Einstein)
- “Somente os pequenos segredos precisam ser guardados; os grandes, ninguém acredita” - (Herbert Marshall McLuhan)

- “Si vis pacem, para bellum!” – Se queres a paz... prepara-te para a Guerra! (Romano Publius Flavius Vegetius Renatus)
- “Perante a estupidez entronizada, não há melhor arma que a troça” – (Tomás de Aquino)
- “Justiça sem força é fugaz... como uma fumaça que logo se desfaz no ar...”(de minha autoria)
- “Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres...” (Albert Einstein)
- “Deus não joga dados com o Universo” (Albert Einstein)
- “O ignorante afirma... o sábio duvida... o sensato reflete!” (Aristóteles)
- “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”. (Albert Einstein)
- “TORNA-TE QUEM TU ÉS” – (Friedrich Wilhelm Nietzsche)
- “Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo”. (Albert Einstein)
Não permitamos que os possuidores de inteligência sejam dominados pelos que não a tem - e a geração vindoura nos deverá a razão e a liberdade”. (Voltaire escritor e filósofo iluminista francês)
- “A verdade é encontrada na vida e não simplesmente no conhecimento conceitual. Esteja pronto para aprender durante toda a sua vida.” (Thich Nhat Hanh)
- “Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado”.(Albert Einstein)
- “Existem apenas duas maneiras de ver a vida, uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre”. (Albert Einstein)
- “o mundo é um lugar perigoso. Não por causa daqueles que fazem o mal [uma minoria], mas por causa daqueles que olham... e não fazem nada” - (Albert Einstein)
- “Ninguém pode voltar e criar um novo início, mas todo mundo pode começar hoje e criar um novo final” (Chico Xavier)
- “O homem nasce livre, mas é como escravo que passa toda a sua vida” (Wilhelm Reich - psiquiatra e psicanalista austríaco)
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

HUMILDADE E AMOR




Hoje eu recebi um email que falava sobre as virtudes e dentre elas, a definição de humildade, como sendo uma palavra que vem do latim “húmus” que significa filhos da terra, eu fiquei feliz em ver que não sou só eu que me preocupo com a significação desta palavra, e bem mais ainda com a aplicação desta virtude, que considero como uma das mais difíceis de ser posta em pratica. Para começar, tenho comigo que a pessoa que diz ser humilde está bem longe de o ser. Já que se a pessoa se auto-domina de humilde já esta neste ato, querendo ser superior a outrem. Por outro lado, vemos também por aí Pessoas que nos parecem o retrato da humildade, mas ao As observarmos bem, são na realidade pessoas sem muita auto-estima, que não se valorizam como pessoas, que não estão satisfeitas nem consigo e nem com as pessoas que as rodeiam e nem com o mundo em que vivem...E aí me veio a lembrança de nosso Senhor Jesus Cristo, nosso guia de aprendizagem de como sermos seres humanos completos. Em todos os escritos da Biblia, em particular do Novo Testamento, vemos Jesus apregoando o AMOR, como o mais nobres dos sentimentos, e aí ao imaginar este ser tão nobre que veio nos ensinar de forma tão fácil e simples o modelo de vida que temos de seguir, me encho de vergonha por , me saber tão pequenina frente a tão Grande e Perfeito Mestre. Basta Amar, Amar e Amar para que tenhamos todas as virtudes como conseqüências, e principalmente é esta a única condição de nos pensar humildes, pois esta certamente é a virtude que mais exatamente nos dar a medida de Amor que temos dentro de nós.

domingo, 25 de outubro de 2009

COLETÂNEA DE FRASES ESPÍRITAS



Luiz Roberto Vannucci

Fonte Internet http://www.candeia.hpg.com.br/palestras/luizvannucci/coletanea2.html

EVOLUÇÃO

A cada nova existência, o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem e o mal.

L. E. pg 182

O homem é um Deus para os animais, como outrora os Espíritos foram deuses para os homens.

L. E. pg 250

O apego às coisa materiais é um sinal notório de inferioridade, porque quanto mais o homem se prende aos bens do mundo, menos compreende sua destinação.

L. E. pg 346

Vosso espírito se elevará mais depressa se já progrediu em inteligência.

L. E. pg 347

No intervalo das encarnações, aprendeis em uma hora o que vos exigiria anos sobre a vossa terra.

L. E. pg 347

Todo o sentimento que eleva o homem acima da natureza animal, anuncia a predominância do Espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.

L. E. pg 350

Os Espíritos, em se depurando pelas encarnações sucessivas, perdem o egoísmo, como perdem suas outras impurezas.

L. E. pg 352

O homem deve se resignar e suportar os males sem murmurar, se quer progredir.

L. E. pg 359

A felicidade dos Espíritos é sempre proporcional à sua elevação.

L. E. pg 376

Aprendemos que o milagre da perfeição é obra de esforço, conhecimento, disciplina, elevação, serviço e aprimoramento no templo do próprio "eu".

A. C. pg 12

Habituese à serenidade e à fortaleza, nos círculos da luta humana; sem essas conquistas dificilmente sairá você do vaivém das encarnações inferiores.

A. C. pg 24

A prova tortura. Sem ela, entretanto, é impossível a aprendizagem.

A. C. pg 50

Evite a impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem fim.

A. C. pg 97

Não fujas às lições da estrada evolutiva, por mais difíceis e dolorosas, a fim de que a vida, mais tarde, lhe abra o santuário da sabedoria.

A. C. pg 152

Suas opiniões revelam o verdadeiro lugar que você ocupa no mundo.

A. C. pg 104

Que a vida física é uma escola abençoada, é insofismável; mas se você não se aproveitar dela a fim de aprender suficientemente as lições que se destinam ao seu engrandecimento espiritual, em nada lhe valerá o ingresso no aprendizado humano.

A. C. pg 153

Ninguém evolui, nem prospera, nem melhora e nem se educa, enquanto não aprende a empregar o tempo com o devido proveito.

A. C. pg 52

Seu trato pessoal com os outros esclarece até que ponto você tem progredido.

A. C. pg 104







A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário compreender.

E. S. E. pg 226

Só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.

E. S. E. pg 226

A esperança e a caridade são uma consequencia da fé.

E. S. E. pg 228

É certo que, no bom sentido, a confiança nas próprias forças tornanos capazes de realizar coisas materiais que não podemos fazer, quando duvidamos de nós mesmos.

E. S. E. pg 223

Sem fé positiva, vagueará sem rumo.

A. C. pg 107

A fé viva não é patrimônio transferível. É conquista pessoal.

A. C. pg 133

Que Deus está conosco, em todas as circunstâncias, é verdade indiscutível; todavia, se você não estiver com Deus, ninguém pode prever até onde descerá seu espírito, nos domínios da intranqüilidade e da sombra.

A. C. pg 154

Não se aflija por antecipação, porquanto que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.

S. V. pg 60





FELICIDADE

O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver o outro, tal deve ser o objetivo de todos os esforços do homem, se quer assegurar sua felicidade neste mundo, tanto quanto no futuro.

L. E. pg 354

Depende do homem amenizar seus males e ser tão feliz quanto se pode ser sobre a Terra.

L. E. pg 358

O sábio, para ser feliz, olha abaixo de si e jamais acima, a não ser para elevar sua alma até o infinito.

L .E. pg 359

O homem renovado para o bem é uma garantia substancial da felicidade humana.

A. C. pg 10

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

A. C. pg 120

A felicidade legítima não é mercadoria que se empresta. É realização íntima.

A. C. pg 133

Se está sempre rogando felicidade eterna, recusando os recursos para adquirila, que espera você para o caminho?

A. C. pg 146

Que a felicidade eterna é realização superior, fora dos quadros transitório da carne, é incontestável; contudo, se você deseja perseverar no campo dos prazeres fáceis e inferiores das esferas mais baixas, dentro dele perambulará, indefinidamente.

A. C. pg 154

Toda pessoa que serve além do dever, encontrou o caminho para a verdadeira felicidade.

S. V. pg 47

A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.

S. V. pg 62

Estude a si mesmo, observando que o auto conhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.

S. V. pg 63







JUSTIÇA

A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um.

L. E. pg 338

Deus colocou no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo de cada um de ver seus direitos respeitados.

L. E. pg 339





LEI

A lei natural traça ao homem o limite de suas necessidades, e quando ela a ultrapassa, é punido pelo sofrimento.

L. E. pg 261

A natureza das vicitudes e das provas que suportamos pode, também, nos esclarecer sobre o que fomos e o que fizemos, como neste mundo julgamos os fatos de um culpado pelos castigos que lhe infringe a lei.

L. E. pg 185

Os obstáculos ao cumprimento da lei divina decorrem dos preconceitos sociais e não da lei civil.

E. S. E. pg 247

Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza.

E. S. E. pg 264

Há leis naturais e imutáveis, sem dúvida, que Deus não pode anular segundo os caprichos de cada um. Mas daí a acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas à fatalidade, a distancia é grande.

E. S. E. pg 276

O homem é assim o árbitro constante de sua própria sorte. Ele pode aliviar o seu suplício ou prolongálo indefinidamente. Sua felicidade ou sua desgraça dependem da sua vontade de fazer o bem.

E. S. E. pg284

Você receberá, de retorno, tudo o que der aos outros, segundo a lei que nos rege os destinos.

S. V. pg 91

O progresso da humanidade tem seu princípio na aplicação da lei de justiça, de amor e de caridade.

L. E. pg 403





MÁXIMA

Não se pode ter, guia mais seguro, do que tomando como medida do que se deve fazer aos outros, o que se deseja para si mesmo.

E. S. E. pg 130





MORAL

O sublime da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o próximo, sem oculta intenção.

L. E. pg 345

O sinal mais característico da imperfeição do homem, é o seu interesse pessoal.

L. E. pg 346

O verdadeiro homem de bem é aquele que faz a outrem aquilo que queria que os outros lhe fizessem.

L. E. pg 354

A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade.

E. S. E. pg 102

A verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, pois aquele que tem o coração puro nem sequer pensa no mal.

E. S. E. pg 104





NECESSIDADE

Os males deste mundo estão em razão das necessidades fictícias que criais para vós mesmos.

L. E. pg 360

Aquele que sabe limitar seus desejos e vê sem inveja o que está acima de si, poupase a muitas decepções desta vida.

L. E. pg 360

Não é o companheiro dócil que exige a sua compreensão fraternal mais imediata. É aquele que ainda luta por domar a ferocidade da ira, dentro do próprio peito.

A. C. pg 143

É muito provável que por enquanto, seja plenamente dispensável a sua cooperação no paraíso. É indiscutível, porém, a realidade de que, no momento, o seu lugar de servir e aprender, ajudar e amar, é na Terra mesmo.

A. C. pg 144





PAIS / FILHOS

A paternidade é, sem contrapartida, uma missão; é ao mesmo tempo um dever muito grande e que obriga, mais do que o homem pensa, sua responsabilidade pelo futuro.

L. E. pg 243

Honrar o pai e a mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionar-lhes o repouso na velhice; cercál-os de solicitude, como eles fizeram por nós na infância.

E. S. E. pg 171

Certos pais, é verdade, descuidam de seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los, e não aos filhos.

E. S. E. pg 172



PAIXÃO

A paixão está no excesso acrescentado à vontade, porque o princípio foi dado ao homem para o bem e as paixões podem leválo a grandes coisas, sendo o abuso que delas se faz que causa o mal.

L. E. pg 350

Toda a paixão que aproxima o homem da natureza animal, o distancia da natureza espiritual.

L. E. pg 350

O meio mais eficaz de combater a predominância da natureza corporal, é praticando a abnegação corporal.

L. E. pg 351

Com a inveja e o ciúme, não há calma nem repouso para aquele que está atacado desse mal: os objetos de sua cobiça, de seu ódio, de seu despeito, se levantam diante dele como fantasmas que não lhe dão nenhuma trégua e o perseguem até no sono.

L. E. pg 362

Com suas paixões, o homem criou para si suplícios voluntários, e a Terra tornase para ele um verdadeiro inferno.

L. E. pg 362

Guarde o equilíbrio. Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina.

A. C. pg 98



Referências



L. E. O Livro dos Espíritos Allan Kardec 19 ª edição, Editado pelo Instituto de Difusão Espírita Ago/83

E. S. E. O Evangelho Segundo o Espiritismo Allan Kardec 10 ª edição, Editora Cultural Espírita Edicel Jul/84

A. C. Agenda Cristã Francisco Cândido Xavier – Pelo Espírito André Luiz, 28 ª edição Editado pela Federação Espírita Brasileira 1991

S. V. Sinal Verde Francisco Cândido Xavier – Pelo Espírito André Luiz, 25 ª edição Edição CEC Comunhão Espírita Cristã Set/89

domingo, 18 de outubro de 2009

BEM PELO BEM?



A TROCA - Bem pelo Bem ?
Quando surge a dúvida , se o bem está sendo feito pelo bem ou por interesse, devemos
procurar distinguir o interesse material do interesse moral ou espiritual...
Se detectarmos que o interesse material está prevalecendo, devemos repensar...este é "o suposto bem" e pode nos ser mais nocivo do que a falta dele. Mas se, na execução deste bem, não prevalece a troca material, sentimos em nosso ser, que é por este bem que clama a natureza ,e, em especial, a nossa centelha Divina.
A toda ação corresponde uma reação, de mesma intensidade e de sentido contrário,
Lei esta, de nosso grande Deus Universal . A reação ao Bem se traduz em
uma grande Felicidade e Paz interior que todo a ação justa e verdadeira nos proporciona.
Devemos ter sempre em mente que é de dentro de nós que surgem respostas
para todos os nossos questionamentos Morais / Espirituais, é só PRESTARMOS ATENÇÂO.
A dualidade na vida humana é uma realidade incontestável, em tudo, existem os dois lados, ou seja, tudo na vida espera ser complementado
nada existe por si só, toda e qualquer criação é originada desta complementação. A vida humana é originada de uma dualidade, e a mesma é formada de dois elementos:
O ESPÍRITO E A MATÉRIA. O segredo da felicidade está em mantermos a harmonia destas duas partes. Na maioria das vezes, para estarmos de bem com o nosso espírito devemos também estar de bem com a nossa parte material, para tanto, só precisamos ter em mente que devemos utilizar a nossa parte material para elevarmos a nossa parte espiritual, e nunca o contrário disto. A interação destas duas partes é responsabilidade só nossa, esta responsabilidade advém de nosso livere arbítrio, e é, o que nos torna senhores de nossas ações, e ao mesmo tempo ocasiona as nossas inseguranças, e nossos medos. Se as nossas possibilidades fossem reduzidas à uma só opção, de certo não haveriam dúvidas. Estas dúvidas podemos sanar com a ajuda de quem por direito, já adquiriu este saber, provenientes de experiências em vidas anteriores; são Eles os nossos Mentores Espirituais ou Anjos de guarda se assim O quisermos chamá-Los. São Eles nossos Guiadores
outorgados pelo Divino Criador para nos ajudar nesta estranha mas, encantadora caminhada neste planetinha azul.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Espaço, Tempo...




Gabriel Delanne fazia conjecturas além dos conhecimentos científicos que ele possuia por volta de 1880. Passados 130 analisemos o que ele conjecturou à luz da Física Quântica atual que ainda faz suas conjecturas....

O que é preciso se estude


Pela observação e pela experiência, fomos levados a comprovar que o invólucro da alma é material, pois que pode ser visto, tocado, fotografado. Mas, é evidente que essa matéria difere, pelo menos quanto ao seu estado físico, da matéria com que estamos diariamente em contacto.
O perispírito existente no corpo humano não nos é visível; não tem peso apreciável e, quando sai do corpo para se mostrar longe deste, verifica-se que nada lhe pode opor obstáculo. Destas observações, temos de concluir que é formado de uma substância invisível, imponderável e de tal sutileza, que coisa alguma lhe é impenetrável. Ora, estes são caracteres que parecem em absoluta contradição com os que a Física nos revela como sendo os da matéria.
Temos, pois, que procurar saber o que se deve entender pelo termo matéria e, para isso, urge conhecer o que são o átomo, o movimento e a energia. Adquiridas estas noções, poderemos inquirir como é que uma matéria fluídica tem a possibilidade de conservar forma determinada e, sobretudo, como é que a morte não acarreta a dissolução desse corpo espiritual, uma vez que ocasiona a do corpo físico.
Tornar-se-á então necessário nos familiarizemos com a idéia da unidade da substância, porquanto, admitida essa idéia, claro fica que, se o perispírito é formado da matéria primordial, não poderá decompor-se em elementos mais simples e, como a alma já se acha revestida dele antes de nascer, isto é, anteriormente à sua entrada no organismo humano, irá com ele, ao deixar o seu corpo terreno.
Se for verdadeiramente possível demonstrar que as concepções científicas atuais nos permitem conceber semelhante matéria, poder-se-á empreender, racionalmente, o estudo do perispírito, estudo que então sairá do domínio do empirismo para entrar no das ciências positivas.
Vejamos, pois, desde já, como é constituída a matéria.

Capítulo II

O tempo, o espaço, a matéria primordial



Definição do espaço, dada pelos Espíritos. – Justificação dessa teoria. – O tempo. – Justificações astrológicas e geológicas. – A matéria. – O estado molecular. – A isomeria. – As pesquisas de Lockyer.
O que, em definitivo, importa saber é o que somos, donde viemos e aonde vamos. A filosofia é impotente para nos esclarecer a esse respeito, porquanto umas às outras se opõem as conclusões a que chegaram as diferentes escolas. As religiões, proscrevendo a razão e fazendo exclusivamente questão da fé, pretendendo impor a crença em dogmas imaginados quando os conhecimentos humanos ainda se achavam na infância, vêem afastar-se delas os espíritos independentes, que preferem as realidades tangíveis e sempre verificáveis da experiência a todas as afirmações autoritárias e cominatórias. Vamos justificar os principais ensinos do Espiritismo, mostrando que decorrem de minuciosos estudos, harmônicos com as concepções modernas e constituindo uma filosofia religiosa de imponente realidade.


Espaço


É infinito o espaço, pela razão de ser impossível supor-lhe qualquer limite e porque, malgrado à dificuldade que encontramos para conceber o infinito, mais fácil nos é, contudo, ir eternamente pelo espaço em pensamento, do que pararmos num lugar qualquer, depois do qual nenhuma extensão mais houvesse a ser percorrida.
Para imaginarmos, tanto quanto o permitam as nossas faculdades restritas, a infinidade do espaço, imaginemos que, partindo da Terra, perdida em meio do infinito, rumo a um ponto qualquer do Universo, com a velocidade prodigiosa da centelha elétrica, que transpõe milhares de léguas num segundo, havendo, pois, percorrido milhões de léguas mal tenhamos deixado este globo, nos achemos num lugar de onde a Terra não nos pareça mais do que vaga estrela. Um instante depois, seguindo sempre na mesma direção, chegamos às estrelas longínquas, que da nossa morada terrestre mal se percebem. Daí, não só a Terra terá desaparecido das nossas vistas nas profundezas do céu, como também o Sol, com todo o seu esplendor, estará eclipsado pela extensão que dele nos separa. Sempre com a mesma velocidade do relâmpago, transpomos sistemas de mundos, à medida que avança-mos pela amplidão, ilhas de luzes etéreas, vias estelíferas, paragens suntuosas onde Deus semeou mundos na mesma profusão com que semeou as plantas nos prados terrestres.
Ora, minutos apenas há que caminhamos e já centenas de milhões de léguas nos separam da Terra, milhares de milhões de mundos passaram sob os nossos olhares e, entretanto, escutai bem! Na realidade, não avançamos um único passo no Universo.
Se continuarmos durante anos, séculos, milhares de séculos, milhões de períodos cem vezes seculares e incessantemente com a mesma velocidade do relâmpago, nada teremos avançado, qual-quer que seja o lado para onde nos encaminhemos e qualquer que seja o ponto para onde nos dirijamos, a partir do grão invisível que deixamos e que se chama Terra.
Eis o que é o espaço!


Justificação desta teoria


Concordam essas poéticas e grandiosas definições com o que sabemos de positivo sobre o Universo? Concordam, porquanto, sucessivamente, a luneta, o telescópio e a fotografia nos hão feito penetrar, cada vez mais longe, no campo do infinito.
Durante séculos, nossos pais imaginaram que a criação se limi-tava à Terra que eles habitavam e que julgavam chatas. O céu era apenas uma abóbada esférica onde se achavam incrustados pontos brilhantes chamados estrelas. O Sol era tido como um facho móvel destinado a distribuir claridade. Nós, terrícolas, éramos os únicos habitantes da criação, feita especialmente para nosso uso. A obser-vação, mais tarde, facultou reconhecer-se a marcha das estrelas; a abóbada celeste se deslocava, arrastando consigo todos os pontos luminosos. Depois, o estudo dos movimentos planetários e a fixidez da Estrela Polar levaram Tales de Mileto a reconhecer a esfericidade da Terra, a obliqüidade da eclíptica e a causa dos eclipses.
Pitágoras conheceu e ensinou o movimento diurno da Terra sobre seu eixo, seu movimento em torno do Sol e ligou os planetas e os cometas ao sistema solar. Esses conhecimentos precisos datam de 500 anos a.C. Mas, sabidas apenas de alguns raros iniciados, tais verdades foram esquecidas e a massa humana continuou a ser joguete da ilusão. Foi preciso surgisse Galileu e se desse a desco-berta da luneta, em 1610, para que concepções exatas viessem retificar os antigos erros.
Desde então, o Universo se apresenta qual realmente é. Reconhece-se que os planetas são mundos semelhantes à Terra e muito provavelmente habitados também; que o Sol mais não é do que um astro entre inúmeros outros; que com o telescópio se percebem as estrelas e as nebulosas disseminadas pelo espaço sem limites, a distâncias incalculáveis; que, finalmente, a fotografia, recente descoberta do gênio humano, revela a presença de mundos que o olhar do homem jamais contemplara, nem mesmo com o auxílio dos mais possantes instrumentos.
As chapas fotográficas que hoje se preparam são não somente sensíveis a todos os raios elementares que afetam a retina, mas alcançam também as regiões ultravioletas do espectro e as regiões opostas, as do calor obscuro (infravermelho), nas quais o olhar humano é impotente para penetrar.
Assim é que os irmãos Henry conseguiram tornar conhecidas estrelas da 17ª grandeza, as quais nenhum olho humano ainda percebera. Descobriram também, para lá das Plêiades, uma nebulo-sa, invisível devido ao seu afastamento.
À medida que os nossos processos de investigação se ampliam, a natureza recua os limites do seu império. Ao passo que os mais poderosos telescópios não revelavam, num canto do céu, mais que 625 estrelas, a fotografia tornou conhecidas 1.421. Assim, pois, em parte alguma o vácuo, por toda parte e sempre as criações a se desdobrarem em número indefinido! As insondáveis profundezas da amplidão fatigam, pela sua imensidade, as imaginações mais ardentes. Pobres seres chumbados num imperceptível átomo, não podemos elevar-nos a tão sublimes realidades.


O tempo


Aos mesmos resultados chegamos, quando queremos avaliar o tempo. Os períodos cósmicos nos esmagam com um formidável amontoado de séculos. Ouçamos mais uma vez o nosso instrutor espiritual.
“O tempo, como o espaço, é uma palavra que se define a si mesma. Mais exata idéia dele se faz, estabelecendo-se a relação que guarda com o todo infinito.
O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo pelo qual essas coisas se acham ligadas ao infinito. Suponhamo-nos na origem do nosso mundo, naquela época primitiva em que a Terra ainda não se balouçava sob a impulsão divina. Numa palavra: no começo da gênese.
Aí, o tempo ainda não saiu do misterioso berço da Natureza e ninguém pode dizer em que época de séculos está, pois que o balancim dos séculos ainda não foi posto em movimento.
Mas, silêncio! a primeira hora de uma Terra isolada soa no relógio eterno, o planeta se move no espaço e, desde então, há tarde e manhã. Fora da Terra, a eternidade permanece impassível e imóvel, se bem o tempo avance para muitos outros mundos. Na Terra, o tempo a substitui e, durante uma série determinada de gerações, contar-se-ão os anos e os séculos.
Transportemo-nos agora ao último dia deste mundo, à hora em que, curvado sob o peso da vetustez, a Terra se apagará do livro da vida, para aí não mais reaparecer. Nesse ponto, a su-cessão dos eventos se detém, interrompem-se os movimentos terrestres que mediam o tempo e este finda com eles.
Quantos mundos na vasta amplidão, tantos tempos diversos e incompatíveis. Fora dos mundos, só a eternidade substitui essas efêmeras sucessões e enche, serenamente, da sua luz i-móvel, a imensidade dos céus. Imensidade sem limites e eternidade sem limites, tais as duas grandes propriedades da natureza universal.
Agem concordes, cada uma na sua senda, para adquirirem esta dupla noção do infinito: extensão e duração, assim o olhar do observador, quando atravessa, sem nunca ter de parar, as incomensuráveis distâncias do espaço, como o do ge-ólogo, que remonta até muito além dos limites das idades, ou que desce às profundezas da eternidade onde eles um dia se perderão.”
Também estes ensinamentos a Ciência os confirma. Malgrado à dificuldade do problema, os físicos, os geólogos hão tentado avaliar os inumeráveis períodos de séculos decorridos desde a formação da nossa Terra e as mais fracas avaliações mostram quão infantis eram os seis mil anos da Bíblia.
Segundo Sir Charles Lyell, que empregou os métodos usados em Geologia – métodos que consistem em avaliar-se a idade de um terreno pela espessura da câmara sedimentada e a rapidez provável da sua erosão –, ao cabo de numerosas observações feitas em todos os pontos do globo, mais de trezentos milhões de anos transcorreram depois da solidificação das camadas superficiais do nosso esferóide.
As experiências do professor Bischoff sobre o resfriamento do basalto, diz Tyndall, parecem provar que, para se resfriar de 2.000 graus a 200 graus centígrados, precisou o nosso globo de 350 milhões de anos. Quanto à extensão do tempo que levou a condensação por que teve de passar a nebulosa primitiva para chegar a constituir o nosso sistema planetário, essa escapa inteira-mente à nossa imaginação e às nossas conjeturas. A história do homem não passa de imperceptível ondulação na superfície do imenso oceano do tempo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009




As Transformações Sociais
Prof. Dr. Nubor Orlando Facure
(Jornal Mundo Espírita de Outubro de 98)
http://nuborfacure.blogspot.com/2009/02/transformacoes-sociais-nubor-orlando.html
http://www.rcespiritismo.com.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=181
http://www.ade-sergipe.com.br/sistema/upload_dir/LAS_TRANSFORMACIONES_SOCIALES-.doc

Admite-se que o homem é um animal social e que sua sociedade está em constante transformação.

Embora essas mudanças ocorram muito rapidamente, talvez, de uma geração para a outra, é possível registrarem-se historicamente grandes mudanças sociais que marcaram época.

Os períodos de transformações mais marcantes estão relacionados com as grandes descobertas ou com as revoluções nos paradigmas vigentes.

A revolução tecnológica e industrial se iniciou com o domínio do fogo e das técnicas de agricultura, causando as primeiras grandes renovações no comportamento social do ser humano. A agricultura fixou o homem em pontos estratégicos, garantindo uma subsistência mais duradoura. Ao desfrutar de interesses comuns, ele se organizou socialmente e passou a defender com mais empenho o seu território.

As descobertas da imprensa, da máquina a vapor, do motor a combustão, do rádio, do cinema, do telefone, da televisão, do computador entre outras, provocaram transformações vultosas exigindo novas sistemáticas de organização para o trabalho e para a hierarquia da sociedade. Essas conquistas instrumentalizaram o homem, permitindo que ele multiplique sua força, amplie sua velocidade, economize seu tempo, difunda suas idéias, divulgue seus costumes e, enfim, concretize seus sonhos.

A revolução dos paradigmas científicos que ocorreu em épocas diversas, repercutiu também no comportamento e nos costumes das sociedades humanas.

René Descartes separa definitivamente o corpo da alma. Copérnico desmistifica a Terra como sendo centro do Universo. Galileu Galilei visualiza com lunetas os planetas e seus satélites, e inaugura a experimentação científica sistematizada. Charles Darwin desloca o homem do centro da criação e descobre como se hierarquiza o desenvolvimento da vida na Terra. Isaac Newton descreve as leis fundamentais do movimento e da atração e repulsão entre os corpos, descobrindo a Lei da Gravidade, e Albert Einstein disseca a anatomia da luz, expõe a relatividade do tempo e do espaço, e identifica a matéria como energia condensada.

Através da ciência, o homem se transforma, reinterpretando o mundo onde vive, modificando suas relações com o meio ambiente e com o seu semelhante.

Por outro lado, enquanto ser social, o Homem tem sempre um comportamento político. É através da política que ele estabelece e impõe a hierarquia de poderes.

Esse poder tem sido exercido quase sempre de maneira autoritária, centralizadora, subjugando povos inteiros e manipulando a consciência humana, impondo regras para os costumes e os comportamentos sociais.

Mesmo assim, e apesar disso, o livre-arbítrio e a liberdade individual têm sido o ideal e a esperança desejada por todos os povos e, sempre que essas condições deixaram de ser respeitadas, ultrapassando-se o grau de liberdade, o direito de cada um e as tradições de cada povo, o Homem se aviltou e a suja sociedade sucumbiu.

Talvez angustiado pela sua fragilidade e perplexo diante da Natureza que o cerca, o Homem desenvolveu um caráter místico e transcendente. Ao criar suas tradições e crenças religiosas, ele estabeleceu regras que disciplinaram a ética e a moral, fazendo-o distinguir o comportamento certo do errado e o objeto sagrado do profano.

Porém, a maioria das Religiões que deveriam abrir a mente humana favorecendo as conquistas espirituais para todos, quase sempre, se constituíram em doutrinas sectárias que estabeleceram limites rígidos de liberdade física e psicológica. E, quase todas, criaram um sistema de troca de favores com Deus ou com suas Divindades, ignoraram o princípio de Igualdade entre os Homens perante Deus, estabelecendo um sistema hierárquico entre seus sacerdotes e uma escala de privilégios entre seus seguidores.

Por isso, ainda hoje, o fanatismo religioso serve de argumento para oprimir e segregar a mulher nos países muçulmanos, para separar em dezenas de grupos o mesmo povo na Índia, ou para guerrear e matar na Palestina.

Na atualidade, uma transformação social profunda através da religião só ocorrerá quando cada um por si mesmo realizar sua reforma interior. O Homem terá que desenvolver sua segurança através da sua autoconfiança. Ele terá que se libertar das amarras culturais e dos preconceitos, de mitos e crendices, e dos estigmas sociais. Ele terá que saber que pode aprender de tudo, mas só deverá vivenciar o melhor.

Ele terá que evoluir por experiência própria e decidir por si mesmo os seus caminhos e as suas companhias. Suas relações com seus semelhantes e com o meio onde respira a vida deverão ser de cordialidade, de cooperação, de parceria solidária uns com os outros.

Por enquanto, o Homem ainda vive e convive com os mesmos costumes primitivos que colocam uns contra os outros, na disputa do poder, na ostentação de valores materiais ou na permissividade de vícios ou paixões sem limites.

Nas últimas décadas, transformações sociais gigantescas e rápidas ultrapassaram qualquer previsão calculada e atropelaram qualquer controle político ou cultura.

Curiosamente, ao lado de ganhos tecnológicos espantosos, o Homem atual vive um paradoxo de perdas morais. Dispondo de conhecimentos para alimentar todos os que têm fome, ele se sacia à fartura, aumentando a mortalidade pela obesidade por comer demais. Contando com pílulas para controlar a concepção, ele descontrola a licenciosidade sexual e aumenta o número de adolescentes grávidas. Conhecendo as drogas que sanearam a loucura, esvaziando os hospícios, aumentam os que consomem drogas na rua, exigindo, pela violência, que os que são sadios se tranquem em casa para não morrerem.

Decodificando o DNA para identificar com precisão a paternidade, desconhecemos qualquer código moral que nos oriente no que fazer com milhares de embriões de proveta, que permanecerão sem pais.

Mesmo conhecendo os primores da técnica cirúrgica que embeleza, optamos, muitas vezes, por matar um feto mal-formado.

O mesmo "Laser" que "opera" na sala de cirurgia, para salvar vidas, é usado para matar nas "operações de guerra".

A Televisão que difunde cultura e divertimento, ensina as técnicas para matar, os golpes para roubar, as mentiras para enganar, estimula o sexo sem compromisso e exalta a família dissoluta, desunida, sem raízes, e que debocha das tradições.

O computador hoje está no endereço de todas as casas, a Internet destina a correspondência a todos os cantos da Terra, mas o Homem parece que perdeu o endereço da sua consciência, do seu Deus e possivelmente do seu futuro.

Permanecemos com a mesma fragilidade de antes porque sabemos escrever apenas a estória do nosso ontem, já desvendamos milhões de anos sobre o nosso comportamento social, na mais remota antiguidade e nos dias contemporâneos, mas somos incapazes de determinar com certeza como será nosso próximo minuto, e menos o nosso amanhã.

Resta-nos a esperança de uma nova era de transformações sociais mais profundas, que está para ocorrer com base nos valores transcendentes do ser humano, e com direito a todos de usufruí-la.

Nas últimas décadas, transformações sociais gigantescas e rápidas ultrapassaram qualquer previsão calculada e atropelaram qualquer controle político ou cultural.
Prof. Dr. Nubor Orlando Facure
Campinas, São Paulo, Brazil
Médico neurologista.

* * *

Esta mensagem eletrônica foi enviada à você
com as melhores vibrações
de paz e amor
Elio Mollo
SBC/SP
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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Léon Denis(Lindo Texto)



Léon Denis discorre de forma clara e simples, porque ele vivia isto; como o ser humano deve buscar a sua elevação.

XIV

ELEVAÇÃO

Espírito, Alma, tu que percorres estas páginas, donde vens e para onde vais? Sobes do fundo do abismo e galgas os degraus inumeráveis da escada da vida. Tu caminhas para

as moradas eternas, onde a grande Lei nos chama e para as quais a mão de Deus nos conduz. Vais para a Luz, para a Sabedoria, para a Beleza!
Contempla e medita! Por toda parte, obras belas e potentes solicitam tua atenção. Em seu estudo, hau­rirás, com coragem e confiança, o justo sentimento do teu valor e do teu

futuro. Os homens só se odeiam, só se desprezam, porque ignoram a ordem magnífica pela qual estão todos estreitamente aproximados.
Teu caminho é imenso; mas o fim excede em esplendor tudo quanto podes conceber. Agora pare­ces bem pequeno no meio do colossal Universo; mas, tu és grande pelo

pensamento, grande por teus des­tinos imortais.
Trabalha, ama e ora! Cultiva tua inteligência e teu coração! Desenvolve tua consciência; torna-a mais vasta, mais sensível. Cada vida é um cadinho fe­cundo, de onde deves

sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores. Assim, de esfera em esfera, de círculo em círculo, prosseguirás em tua

carreira, adquirindo forças e qualidades novas, unido aos se­res que amaste, que vivem e reviverão contigo.
Evolverás em comum, na espiral das existências, no seio de maravilhas insuspeitadas, porque o Uni­verso, e assim tudo, se desenvolve pelo trabalho e expande suas

metamorfoses vivas, oferecendo gozos, satisfações sempre crescentes, sempre renovadas, às inspirações, aos puros desejos do Espírito!
Nas horas de hesitação, volta-te para a Natureza: é a grande inspiradora, o templo augusto em que, sob véus misteriosos, o Deus escolhido fala ao cora­ção do prudente, ao

Espírito do pensador. Observa o firmamento profundo: os astros que o povoam são os estádios de tua longa peregrinação, as estações da grande via a que teu destino te

conduz.
Vem! elevemos nossas Almas; paira um instante comigo, pelo pensamento, entre os sóis e os mundos! Mais alto, sempre mais alto, no éter insondável! Lá embaixo, a Terra não é

mais que um ponto na vasta extensão. Diante de nós e acima de nós, os astros se multiplicam. Por toda parte, esferas de ouro, fogos de esmeraldas, de safira, de ametista e de

turquesa descrevem seus movimentos ritmados. Em nossos rumos, voga astro enorme, arrastando uma centena de mundos planetários em sua órbita, centenas de mundos que

evolucionam em curvas sábias. Apenas en­trevisto, ei-Io que já foge, continuando a carreira com o seu esplêndido cortejo (28). Depois dele, apresen­tam-se dez sóis, de

cores diferentes, grupados na mesma atmosfera luminosa que os cerca, como que a formar uma faixa de glória.
E sempre os sistemas sucedem aos sistemas, paraísos ou galés flutuantes, mundos magníficos, vestidos de azul, de ouro e de luz. Mais longe, os cometas errantes, as pálidas

nebulosas das quais cada átomo é um sol no berço (29). Sabe de uma coisa: todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de Almas. Até pelas longínquas estrelas,

cujos alvores trêmulos levam centenas de séculos a chegar ao nosso orbe, por toda parte, a família hu­mana estende seu império; por toda parte temos irmãos celestes. Somos

destinados a conhecer todas essas moradas e a gozá-Ias. Reviveremos nessas terras do Espaço, em corpos novos, a fim de aí adqui­rir forças, conhecimentos, méritos maiores,

e nos elevarmos ainda mais alto em nossa perpétua viagem.
Tantos mundos quantas escolas para a Alma, quantos campos de evolução para cultivar o nosso entendimento e, ao mesmo tempo, para construir organismos fluídicos cada

vez mais delicados, puri­ficados, brilhantes. Depois das lutas, dos tormentos, dos reveses de mil existências árduas, depois das provações e das dores dos ciclos planetários,

virão os séculos de felicidade, nesses astros felizes, cujas claridades projetam sobre nós raios de paz e de ale­gria. Em seguida, as missões benditas, os novos apostolados, a

tarefa invejável de provocar o estímulo, o desabrochar das Almas adormecidas, de auxiliar, por nossa vez, nossos irmãos mais moços em suas peregrinações através das

regiões materiais.
Enfim, atingiremos as sublimes profundezas, o céu de êxtase, onde vibra, mais poderoso, mais me­lódico, o pensamento divino, onde o tempo e a dis­tância se anulam, onde a

luz e o amor unem as suas irradiações, onde a Causa das causas, em sua fecundidade incessante, concebe para todo o sempre a vida eterna e a eterna beleza!
Em nossos dias, o céu não pode ser o que foi tanto tempo para a ciência humana, isto é, um es­paço vazio, triste e deserto. O Infinito se transfor­ma e se anima. O círculo de

nossa vida se alarga em todos os sentidos. Sentimo-nos ligados a esse Uni­verso por mil laços. Sua vida é a nossa; sua história é nossa história. Fontes desconhecidas de

meditação, de sensação, se abrem; o futuro toma aos nossos olhos caráter muitíssimo diferente. Uma impressão profunda nos invade, ao pensar em destinos tão am­plos. Para

sempre somos unidos a tudo que vive, ama e sofre. De todos os pontos do Espaço, de todos esses astros que brilham na extensão, partem vozes que nos chamam, as vozes dos

nossos irmãos mais velhos; e essas vozes nos dizem: "Marcha, marcha, eleva-te pelo trabalho; faze o bem; cumpre o teu dever. Vem a nós outros que, iguais a ti, pensamos,

lutamos e sofremos nesses mundos da Matéria. Vem prosseguir conosco tua ascensão para Deus!"
Dos espaços majestosos, baixemos nossos olha­res para a Terra. Apesar de suas proporções mo­destas, ela tem, sabemo-Io, seus encantos, sua be­leza. Cada sítio tem sua

poesia, cada paisagem sua expressão, cada vale seu sentido particular. A va­riedade é tão grande nos prados do nosso mundo quanto nos campos estrelados. O verão é o

sorriso de Deus! Nada mais suave, mais inebriante do que a apoteose de um belo dia em que tudo é carícia, doçura, luz. A florinha escondida na relva, o peixe que se esgueira

entre as águas, fazendo espelhar ao sol suas escamas de prata, o pássaro que modula suas notas do alto das ramadas, o murmúrio das fontes, a canção misteriosa dos álamos e

dos olmei­ros, o perfume selvagem dos musgos, tudo isso aca­lenta o pensamento, regozija o coração. Longe das cidades, encontra-se a calma profunda que penetra a Alma,

separando-a das lutas e das decepções da vida. Só e então se compreende a verdade destas grandes palavras: "O ruído é dos homens, o silêncio é de Deus!"
A contemplação e a meditação provocam o des­pertar das faculdades psíquicas e, por elas, todo um mundo invisível se abre à nossa percepção. Ensaiei, no correr desta obra,

exprimir as sensações experi­mentadas do alto dos cimos ou à borda dos mares, descrever o encanto dos crepúsculos e das auroras; a serenidade dos campos, sob o real

esplendor do Sol, o prodigioso poema das noites estreladas, a su­blimidade dos luares, o enigma das águas e dos bosques. Há momentos de êxtase em que a Alma se transporta

fora do seu invólucro e abraça o Infinito; horas de intuição e entusiasmo em que o influxo divino nos invade qual uma onda irresistível, em que o pensamento supremo vibra e

palpita em nosso ín­timo, onde brilha, por um instante, a centelha do gênio. Essas horas inolvidáveis, eu as vivi algumas vezes e, em cada uma delas, acreditei na visita, na

penetração do Espírito. Devo-Ihes a inspiração de minhas mais belas páginas e de meus melhores dis­cursos.
Aquele que se recolhe no silêncio e na solidão, diante dos espetáculos do mar ou das montanhas, sente nascer, subir, crescer em si mesmo imagens, pensamentos, harmonias que

o arrebatam, encantam e consolam das terrestres misérias, e lhe abrem as perspectivas da vida superior. Compreende então que o pensamento de Deus nos envolve e nos

penetra quando, longe das torpezas sociais, sabemos abrir­-lhe nossas almas e nossos corações.
*

Certamente poderiam fazer-nos muitas objeções. Por exemplo, dizerem-nos: "Fazeis sobressair os encantos da Natureza, mas não nos mostrais a sua feal­dade. Ela não

tem somente sorrisos e carícias; pos­sui também revoltas, cóleras, furores·. Não falais dos monstros, nem dos flagelos que se lhe deparam. Que utilidade achais na existência

dos animais fe­rozes, dos reptis, das plantas venenosas? Por que as convulsões do solo, as catástrofes, as epidemias, todos os males que geram o sofrimento humano?"
Ser-nos-á fácil responder. O belo, diremos, ne­cessita dos contrastes. Todos os artistas, pensadores, escritores de valor, o sabem. E quando verificamos que, no conjunto dos

mundos, a Terra ocupa um lugar inferior, e é, antes de tudo, para os Espíritos moços, uma escola, uma pousada de lutas, de provação e, às vezes, de reparação, como

admirar-nos de que não seja dotada de todas as vantagens que possuem os mundos superiores?
Os perigos, os obstáculos e as dificuldades de toda espécie são fatores essenciais ao progresso, outros tantos aguilhões que estimulam o homem em 'seu caminhar, outras

tantas causas que o constrangem a observar, a adquirir engenho, a tornar-se previdente, comedido em seus atos. É na alternativa forçada do prazer e da dor que está o

princípio da educação das Almas. Daí a necessidade para os seres, desde os mais rudimentares até os mais desenvolvidos, de lutar e de sofrer. O progresso não poderia

realizar-se sem o equilíbrio indispensável dos sentimentos opos­tos, gozos e penas que se alternam no ritmo gran­dioso da vida. Mas é principalmente a dor, física e moral,

que forma a nossa experiência: a sabedoria humana é o seu prêmio.
Quanto aos movimentos sísmicos, às tempesta­des, às inundações, notemos que têm suas leis. Essas leis, basta conhecê-Ias, para se Ihes prever e ate­nuar os efeitos. Quando

se estudam os fenômenos da Natureza e o pensamento penetra no fundo das coisas, reconhece-se isto: o que é um mal, na apa­rência, se torna, em realidade, um bem (30). A

gran­deza do espírito humano consiste em elevar-se da confusão, do caos das contingências à concepção da ordem geral. Ele pode então sentir-se em segu­rança no meio dos

perigos do mundo, porque com­preendeu as grandes leis que, à custa de alguns acidentes, asseguram o equilíbrio da vida e a salva­ção das raças humanas.
O homem em quem o sentido profundo, o sentido das coisas divinas ainda não despertou, o céptico, em uma palavra, quaisquer que sejam sua inteligên­cia e seu saber em outras

matérias, recusa-se a admi­tir estas coisas. Seria tão supérfluo insistir, quanto explicar a um cego de nascença as cores do Sol e das auroras, os jogos da luz sobre as águas

ou sobre as geleiras. Ser-Ihe-ão necessários choques da adver­sidade, o concurso das circunstâncias dolorosas, que o colocarão em contacto direto com o seu destino e lhe

farão sentir, juntamente com a utilidade dos sofrimentos, essas noções de sacrifício e de espe­rança pelas quais a vida toma seu sentido real e elevado.
Somente, então, poderá penetrar o grande mis­tério do Universo, e compreender que tudo tem sua razão de ser, que a dor tem seu papel, e que podemos tirar proveito de

tudo, da provação, da moléstia e da própria morte, porque tudo, segundo o uso que fa­zemos, pode concorrer para o nosso adiantamento, para o nosso melhoramento moral.

Desde então, a confiança e a fé o ajudarão a suportar pacientemente o inevitável, a abolir a desventura presente, a sofrer em paz. O conhecimento da Lei lhe dá a certeza de

melhores dias e de um futuro sem-fim.
A partir desse dia, sua vida, tão obscura, tão vulgar, incolor que é, iluminar-se-á de um raio de luze de poesia, porque a poesia mais verdadeira é feita da ressonância íntima

da sinfonia eterna e do acordo de nossos pensamentos, de nossos senti­mentos e de nossos atos com a pauta de nosso des­tino.

*
Falando qual o fizemos no correr destas páginas, seremos, sem dúvida, acusado de misticismo por mais de uma vez. Mas, todos aqueles cuja sensibilidade e juízo despertaram,

que se desenvolveram sob a ação das provações e das lutas da existência, saberão compreender-nos.
Certos espíritos terra-a-terra são inclinados a acoimar de místicos, de alucinados, de visionários, todos aqueles cujas percepções excedem o circuito limitado de seus

pensamentos habituais. Supõem-se espíritos muito positivos e muito práticos, ao passo que, na realidade, as almas evolvidas, libertas dos preconceitos e das paixões,

desdenhosas dos peque­nos interesses materiais, têm, somente elas, a in­tuição das grandes -e altas realidades da vida.
Em resumo, a Natureza e a Alma são irmãs, com esta diferença: uma evolve invariavelmente, segundo um plano estabelecido, e a outra, por si mesma, esboça, em uma página em

branco, as grandes li­nhas do seu destino. São irmãs, porque provêm am­bas da mesma causa eterna e estão unidas por milhares de laços .. t= o que explica o império da

Na­tureza sobre os seres. A Natureza atua sobre as Almas sensíveis qual o magnetizador sobre o seu paciente, provocando o desligamento do Espírito de sua crisálida de

carne. Então, na plenitude de faculda­des psíquicas, a Alma percebe um mundo superior e divino que escapa ,à maior parte das inteligências.
Nunca esqueçamos isto: Tudo que cai sob os sentidos físicos, tudo que é do domínio material, é transitório, submetido à lei da destruição, à morte. As realidades profundas,

eternas, pertencem ao mun­do das causas, ao domínio do invisível. Nós próprios pertencemos a esse mundo, pela parte imperecível de nosso ser.
Eis que, pouco a pouco, a experimentação psí­quica e as descobertas dela decorrentes se propagam e se estendem. O conhecimento do duplo fluídico do homem, sua ação a

distância, antes e depois da mor­te, a aplicação das forças magnéticas, a manifesta­ção das potências invisíveis, vêm demonstrar a todo observador atento que o mundo dos

sentidos é uma pobre e obscura prisão, comparada ao domínio imen­so e radioso aberto ao Espírito. (31)
Os sentidos interiores e as faculdades profundas da Alma dormitam ainda na maior parte dos homens que ignoram suas riquezas escondidas, seus poderes latentes. Éessa a

razão pela qual seus atos se res­sentem de falta de base, de ponto de apoio. Daí, tantas fraquezas e desfalecimentos. Mas, a hora do despertar está próxima. O homem

aprende 3 conhe­cer sua Alma, a extensão de seus poderíeis, de' seus atributos; desde logo a separação e a morte deixarão de existir para ele; a maior parte das misérias

que nos assediam desaparecerão, nossos amigos do Espaço virão mais facilmente nos visitar, corresponder conosco. Uma comunhão íntima se estabelecerá entre o Céu e a

Terra, e a Humanidade entrará em fase mais alta e mais bela de seus gloriosos destinos.
*

Com a vista enfraquecida pelo trabalho, lanço ainda um olhar sobre esses céus que me atraem e sobre essa Natureza que' eu amo. Saúdo os mun­dos que serão mais tarde

nossa recompensa: Júpiter, Sirius, Órion, as Plêiades e essas miríades de focos, cujos raios trêmulos têm tantas vezes vertido em mi­nha Alma ansiosa a paz serena e as

inefáveis con­solações.
Em seguida, do Espaço, lanço meu olhar para esta Terra que foi meu berço e será meu túmulo. Ó Terra, planeta, nossa mãe, campo de nossos la­bores e de nossos progressos,

onde, lentamente, através da obscuridade das idades, minha consciên­cia desabrocha com a consciência da Humanidade tu flutuas no Infinito, acalentada pelos eflúvios

divinos; derramas em volta de ti as vibrações potentes da vida que se agita em teu seio. Dir-se-ia uma har­monia confusa, feita de rumores e de vagidos, uma harmonia que

sobe do meio dos mares e dos conti­nentes, dos vales e das florestas, dos rios e dos bos­ques, e à qual se mistura a queixa humana: murmúrio das paixões, vozes de dor, ruídos

de trabalho e cân­ticos de festa, gritos de furor e choques de exércitos. As vezes, também notas calmas e graves dominam esses rumores; a melodia humana substitui as

harmo­nias da Natureza e o ruído das forças em ação; o cântico da Alma, liberta das servidões inferiores, saú­da a luz. Um cântico de esperança sobe para Deus em hosana,

numa prece.
É tua alma, ó Terra! que desperta e faz esforços para sair de obscura ganga, para misturar sua irra­diação e sua voz às irradiações e às harmonias dos mundos siderais. É

tua alma que canta à alba renas­cente da Humanidade, porque esta desperta a seu turno, sai da noite material, do abismo de suas origens. A alma da Humanidade, que é a da

Terra, bus­ca-se, aprende a conhecer-se, a penetrar sua razão de ser; pressente seus grandes destinos, quer reali­zá-Ios.
Prossegue tua carreira, Terra que eu amo! Muitas vezes, já, meu Espírito sorveu em teus elementos as formas necessárias à sua evolução. Durante séculos, ignorante e

bárbaro, percorri teus caminhos, tuas flo­restas, voguei sobre teus oceanos, nada sabendo das coisas essenciais, nem do fim a atingir.
Mas, eis que, chegando ao entardecer da vida, a essa hora crepuscular em que uma nova tarefa se acaba, em que as sombras se elevam à vontade e cobrem todas as coisas com

seu véu melancólico, considero o caminho percorrido; em seguida, dirijo meus olhares para diante, para a clareira que se vai abrir para mim no Além e para suas claridades

eternas.
A esta hora, em que minha Alma se separa, pou­co a pouco, de teus liames, ó Terra, e se prepara para te deixar -, ela compreende o fim e a lei da vida. Consciente do teu

papel e do meu, reconhecido a teus benefícios, sabendo por que existo, por que' ajo e como é preciso agir, eu te bendigo, ó Terra, por todos os gozos e por todas as dores,

pelas provações salutares que me proporcionaste, porque, em tudo que te devo - sensações, emoções, prazeres, sofri­mentos -, reconheço os instrumentos de minha edu­cação,

de minha elevação. Eu te bendigo e te amo, feliz, quando te deixar, pelo pensamento de voltar mais tarde, em nova existência, para trabalhar ainda, para sofrer, para me

aperfeiçoar contigo, contribuin­do, por meus esforços, para o teu progresso e o de meus irmãos, que são também teus filhos.
(28) As estrelas, cujo afastamento faz que se pareçam imó­veis movem-se em todos os sentidos, em virtude de leis pouco conhecidas. Movimentos formidáveis arrastam cada

foco sideral no turbilhão do Infinito. Nosso sistema solar voa com grande velocidade para a constelação de Hércules, e vence em 650 séculos uma distância igual à que nos

separa da estrela Alfa do Cen­tauro. Nosso astro central é um dos mais modestos sóis: Canopo o excede de mais de 10.000 vezes em brilho, Arcturo de 8.000. Visto de sua

superfície, nosso ofuscante foco seria um ponto im­perceptível.
(29) Segundo as observações telescópicas e a fotografia ce­leste, a Ciência estabelece que nosso universo se compõe de um milhar de milhão de estrelas. Camille Flammarion

crê que este universo não é único. Nada prova, diz ele, que esse bilhão exista só no Infinito e que, por exemplo, não haja um segundo, um terceiro, um quarto e cem e mil

universos semelhantes aos outros. Esses universos podem ser separados por espaços absolutamente vazios, desprovidos de éter e, por conseqüência, invisíveis uns dos outros.

Parece até que conhecemos já algumas das estrelas que não pertencem ao nosso universo sideral. Podemos citar, por exem­plo, com Newcomb, a estrela 1.830 do catálogo de

Groombridge, a mais rápida, cujo movimento foi determinado. Este foi avaliado em 320.000 metros por segundo, e a força atrativa de nosso universo inteiro não pode ter

determinado tal velocidade. Segundo todas as probabilidades, essa estrela vem de fora e atravessa nosso uni­verso qual um projétil. O mesmo se pode dizer da de número

9.352 do catálogo de Lacaille, e mesmo de Arturu, a quarta em grandeza das estrelas visíveis e de Mu de Cassiopéia (conferência de agosto de 1906).
Acrescentamos que as potências da Natureza são sem limite na extensão e na duração. A luz, que percorre 300.000 quilômetros por segundo, leva 200 séculos a atravessar a

Via - Láctea, formigueiro de estrelas do qual fazemos parte. Essas famílias ou ne­bulosas são inúmeras, e todos os dias se descobrem novas, por exemplo, a segunda de Órion,

cuja extensão terrifica a imaginação. Vivemos no seio de um absoluto sem limites, sem começo e sem fim.
Ver, também, para pormenores, a nota complementar nº 3, no fim deste livro
(30) Vide Depois da Morte cap.IX
(31) Vide Cristianismo e Espiritismo, Provas Experimentais da Sobrevivência; No Invisível e O Problema do Ser, do Destino e da Dor.


Fonte : O Grande Enigma

quinta-feira, 2 de abril de 2009



Vida Mundo Vida
Jacinta Mota

Vamos caminhar, vamos viver, sem descuidar, vamos vencer ...
Vamos lembrar, vamos amar,
Deus não vai nos esquecer.
Somos donos do nosso EU,
O Cuidarmos, é Ser Por Merecer.
Vamos cultivar a flor, regar a natureza com Amor,
Limpar no rio, impurezas na correnteza,
Plantar em nós toda a certeza,
Que a Vida tem muitas vertentes
E numa delas seremos permanentes!!
Deus nos emprestou esta morada para, com o sol renascendo na alvorada
renascermos por toda a caminhada.
E quando a nuvem pesada ocultar a nossa luz
Saibamas que ela desmancha-se e nos conduz,
À um lindo florescer, ao lado de Jesus

sexta-feira, 27 de março de 2009



SEGURANÇA ÍNTIMA

Redação do Momento Espírita

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1385&let=S&stat=0



Os que vivem no mundo desejam ter tranqüilidade.



No entanto, algumas pessoas que convivem conosco são portadoras de grande segurança íntima.



Recebem impactos dolorosos sem desespero. Enfrentam obstáculos grandiosos sem alterar o humor.



De certa forma, as invejamos. Prezaríamos ser como elas.



E podemos. Existem pequenas regras que, se observadas, nos auxiliarão a construir essa segurança íntima, tão almejada.



1ª comecemos a edificação da paz em nós, observando que todos precisamos pensar por nós mesmos, embora as influências das idéias alheias;



2ª aceitemo-nos como parcelas da imensa família humana, verificando que os nossos percalços não são maiores que os dos outros;



3ª compreendamos que, por sermos espíritos imperfeitos, no atual estágio, não estamos isentos de cometer determinados erros. Erros que nos devem convidar a parar e reexaminar questões;



4ª aprendamos que a estrada dos nossos entes queridos pode ser muito diferente da nossa. Não desejemos para eles o que a vida não lhes oferece;



5ª saibamos zelar pela condução da nossa vida, sem interferir na do próximo, desde que cada viajor no carro da existência tem seu próprio roteiro;



6ª auxiliemos os familiares nos contratempos que lhes surjam, assim como desejamos ser amparados, na nossa marcha;



7ª afastemo-nos dos julgamentos precipitados e das condenações indevidas;



8ª compreendamos que cada criatura é um ser individual com seus anseios, compromissos, conquistas, virtudes e paixões, e abstenhamo-nos de impor condições ou exigir que tenham conosco esta ou aquela postura.



9ª reflitamos que nos compete proteger o corpo que nos diz respeito.



Desta forma, não provoquemos desastres que nos ameacem ou ameacem os outros.



Respeitemos em cada ser vivo uma obra da criação.



Optemos pela simplicidade no cotidiano.



Estejamos atentos às pequenas coisas, pois, em síntese, são elas que promovem a nossa felicidade hoje, e no futuro.



Construamos o nosso refúgio de serenidade, permitindo-nos usufruir das experiências sem abalos que nos façam sucumbir à tristeza, desânimo ou desespero.



* * *



A serenidade não é uma aquisição espiritual que se possa conseguir num toque de mágica.



É fruto do trabalho duro e áspero da paciência em ação.



E ninguém possui a serenidade que não construiu.



Eis porque é necessária a vigilância em nós mesmos.



Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Calma, cap. Segurança íntima.



www.momento.com.br





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SERENIDADE
Elio Mollo
03 dez 2007

Sereno é o vôo elevado do pássaro;
da nuvem alta que se desloca no céu;
do movimento da água do córrego,
que sem qualquer violentação
ensina ao que o contempla
o significado da pacificação.

Ser sereno significa:
estar claro, simples,
sem qualquer animosidade.
É ser ponderado
e ter suavidade na ação,
consciente de que a paz
não é nenhuma ilusão.

Serenidade é diferente de inquietação,
mas é semelhante a brisa que agita as flores,
ou de um lago com suas águas em modulação,
batendo às margens entoando suave canção.

A serenidade está na espontaneidade
que faz parte de cada individualidade,
com a completa ausência da superioridade,
envolvendo suas relações com gentil amabilidade.

A serenidade está na certeza do amanhã;
Na convicção da boa ação;
No sorriso que brota voluntário e sincero;
No abraço do amigo irmão;
No sentir Deus no fundo do coração.



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Com esta mensagem eletrônicaseguem muitas vibrações de paz e amorpara você---------http://aeradoespirito.sites.uol.com.br

quinta-feira, 19 de março de 2009

A DOR



Trecho do capítulo XXVI A dor - Léon Denis "O Problema Do Ser Do Destino E Da Dor"

Por muito tempo ainda a humanidade terrestre, ignorante das leis superiores, inconsciente do futuro e do dever, precisará da dor para estimulá-la na sua via, para transformar o que nela predomina, os instintos primitivos e grosseiros, em sentimentos puros e generosos. Por muito tempo terá o homem de passar pela iniciação amarga para chegar ao conhecimento de si mesmo e do alvo a que deve mirar. Presentemente ele só cogita de aplicar suas faculdades e energias em combater o sofrimento no plano físico, a aumentar o bem-estar e a riqueza, a tornar mais agradáveis as condições da vida material; mas, será em vão. Os sofrimentos poderão variar, deslocar-se, mudar de aspecto; a dor persistirá, enquanto o egoísmo e o interesse regerem as sociedades terrestres, enquanto o pensamento se desviar das coisas profundas, enquanto a flor da alma não tiver desabrochado.
Todas as doutrinas econômicas e sociais serão impotentes para reformar o mundo, para aliviar os males da humanidade, porque assentam em base muito acanhada e porque põem só na vida presente a razão de ser, o fim da existência e de todos os esforços. Para acabar com o mal social é necessário elevar a alma humana à consciência do seu papel, fazer-lhe compreender que sua sorte somente dela depende e que sua felicidade será sempre proporcional à extensão de seus triunfos sobre si mesma e de sua dedicação às outras. Então a questão social será resolvida por meio da substituição do personalismo exclusivo e apertado pelo altruísmo. Os homens sentir-se-ão irmãos e iguais perante a Lei divina, que distribui a cada um os bens e os males necessários à sua evolução, os meios de vencer a si próprio e acelerar sua ascensão. Somente daí em diante a dor verá seu império restringir-se. Fruto da ignorância e da inferioridade, fruto do ódio, da inveja, do egoísmo, de todas as paixões animais que se agitam ainda no fundo do ser humano, desaparecerá com as causas que a produzem, graças a uma educação mais elevada, à realização em nós da beleza moral, da justiça e do amor.
O mal moral existe na alma somente em suas dissonâncias com a harmonia divina. Mas, à medida que ela sobe para uma claridade mais viva, para uma verdade mais ampla, para uma sabedoria mais perfeita, as causas do sofrimento vão-se atenuando, ao mesmo tempo que se dissipam as ambições vãs, os desejos materiais. E de estância em estância, de vida em vida, ela penetra na grande luz e na grande paz onde o mal é desconhecido e onde só reina o bem!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Trecho da Entrevista de Jorge Hessen ao CE Joana Darc




JORGE HESSEN Que Jesus nos abençoe sempre. Agradeço o carinho dos senhores membros do c.e Joana Darc". Sugiro uma reflexão: Sabemos que não é fácil a vigília da pureza doutrinária, porém a própria experiência humana não é uma estação de prazer, por isso, continuemos trabalhando no ministério do Cristo, recordando com Emmanuel que, por servir aos outros, com humildade, sem violências e presunções, Ele foi tido por imprudente e rebelde, transgressor da lei e inimigo da população, sendo escolhido, por essa mesma multidão, para receber, com a cruz, a gloriosa coroa de espinhos, mas, sob o influxo do bom ânimo, Ele venceu o mundo! O sacrifício Dele não deve ser apreciado, tão-somente, pela dolorosa expressão do Calvário, reforça Emmanuel. O Gólgota representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício, na sua exemplificação, verificou-se em todos os dias da sua passagem pelo planeta. Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino. Entretanto, a dor material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais. Homens do mundo, que morreram por uma idéia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo, apenas, a amargura da incompreensão do seu ideal. Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela.
Em realidade, qualquer palavra, expressão poética, artística, filosófica ou qualquer louvor em Sua memória significarão apagada homenagem, em face do que Ele representa para cada um de nós.

Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

segunda-feira, 16 de março de 2009



CAPÍTULO IV - EXPERIÊNCIA NO TEMPO
O homem realiza a experiência de Deus no tempo, ao longo de sua evolução natural. Não se pode ter uma experiência artificial de Deus em alguns minutos ou algumas horas de meditação. Essa experiência é natural --- e de natureza vital - faz parte integrante da vida e da existência humana. Podemos lembrar a expressão de Descartes: A idéia de Deus no homem é a marca do obreiro na sua obra. Descartes foi o precursor de Kardec, como João Batista o foi do Cristo. Temos, assim, uma curiosa correlação histórica entre o advento do Cristianismo e o advento do Espiritismo, que se completa em numerosos outros aspectos.
Lembrando a teoria da reminiscência em Platão, em que as almas nascem na Terra marcadas pela recordação do mundo das idéias, compreenderemos mais facilmente a existência da idéia inata de Deus no homem. Essa idéia inata não é apenas marca, mas também o marco inicial e o pivô em torno do qual se processa todo o desenvolvimento espiritual da criatura humana. Podemos acompanhar esse processo desde a adoração dos elementos naturais pelo homem Primitivo (a partir da litolatria, adoração da pedra e de outras formações minerais) até à eclosão do monoteísmo, com a idéia do Deus Ünico, que Kant considerou o mais elevado conceito formulado pela mente humana. E vemos então que a idéia de Deus representa, histórica e antropologicamente, uma espécie de marca-passo de toda a evolução do homem.
No episódio do Cogito, da cogitação de Descartes sabre a realidade ou não da existência, temos o momento em que ele descobre, no mais profundo de si mesmo, uma idéia estranha, que é a da existência de um Ser Absoluto e portanto absolutamente perfeito. Essa idéia não podia ter sido originada pelas suas experiências de ser relativo e imperfeito. Descartes a considerou estranha porque só poderia vir de fora dele, da existência real desse Ser Absoluto. Descobria assim que tivera uma experiência de Deus, inteiramente independente de todas as suas experiências terrenas.
A importância desses fatos históricos e culturais foi negligenciada pela cultura leiga que se desenvolveu na Renascença e deu forma ao mundo moderno. O predomínio crescente das conquistas materiais da Civilização Ocidental asfixiou essas conquistas do espírito. O homem se esqueceu do significado desses fatos, desses episódios culminantes da cultura humana, e as religiões dogmáticas transformaram a idéia de Deus em simples crença desprovida de raízes experimentais. Coube ao Espiritismo restabelecer a verdade e colocar a experiência de Deus no seu devido lugar, no vasto panorama da evolução da Humanidade. Trata-se da mais importante e profunda experiência do homem, uma experiência vital que deverá levá-lo à compreensão da sua verdadeira natureza e do seu verdadeiro destino. Impossível reduzi-la a uma conquista particular e eventual de algumas criaturas que hoje se entregam a práticas de meditação.
Claro que com isso não pretendo negar nem diminuir o valor da meditação como disciplina mental e como recurso de elevação espiritual. Sustento apenas que a meditação é o produto e não a produtora da experiência de Deus, pois essa experiência já marcava o homem muito antes que ele houvesse adquirido o poder do pensamento abstrato e pudesse meditar. A vivência religiosa, pelo simples fato de ser vivência e não reflexão, é inerente ao homem desde o seu aparecimento no planeta. Essa é uma questão que hoje se coloca de maneira evidente.
A concepção espírita vai mais longe e mais fundo, negando ao homem atual o direito de isolar-se do mundo para buscar a Deus, e portanto de buscar a Deus ou aos poderes espirituais através de processos artificiais. O meio natural de evolução, para o homem -e para todas as coisas e todos os seres, é a relação. Se nos afastamos do relacionamento social e cultural para nos elevarmos, estamos nos colocando em posição errada e tomando um caminho ilusório. A busca solitária de Deus é um ato egocêntrico e preferencial. O místico vulgar não mergulha em si mesmo para encontrar em Deus a relação com o mundo, coma o fez Descartes, mas, pelo contrário, para desligar-se do mundo e ligar-se isoladamente a Deus. Não é guiado pelo amor à Humanidade, mas pelo amor a si mesmo. Prefere elevar-se acima dos outros para encontrar em Deus o refúgio e a fortaleza em que poderá construir e usufruir sozinho a sua felicidade particular. Prefere a fuga ao mundo, em termos de superioridade pessoal e portanto egoísta, anti-religiosa, à ligação com o mundo e com Deus para a realização da unidade global que é o objetivo da religião.
A diferença absoluta entre a posição do Cristo e a Posição do Buda e das chamadas religiões orientais é precisamente essa. Enquanto o Buda abandona o mundo para buscar a Deus na solidão, o Cristo mergulha no mundo para religar os homens a Deus. A ação do Buda é subjetiva e contrária à experiência do mundo, enquanto a ação do Cristo é objetiva, considerando a experiência do mundo como necessária ao desenvolvimento da experiência de Deus no homem. Meio milhão de pessoas entregues à meditação para tentar a ligação pessoal de cada uma delas com Deus não representa um esforço coletivo de unidade - uma ação religosa mas a simples coincidência de esforços particulares e isoladas, como vemos na busca do ouro nas regiões auríferas. Não se trata, pois, de uma ação coletiva e sim de milhares de ações individuais e egoístas.
Não quero de maneira alguma negar o valor espiritual do Buda, cuja posição correspondia á necessidade de orientação de uma comunidade de almas estranhas à Terra, exiladas em nosso planeta, que tinham por objetivo a volta aos seus mundos de origem. Nesse caso, a negação individual do mundo (do nosso mundo) tornava-se coletiva em virtude do objetivo comum do retorno ao paraíso perdido. A teoria espírita da migração entre os mundos -- apoiada na teoria cristã das muitas moradas da Casa do Pai - é a chave indispensável à compreensão desse problema.
A evolução de cada mundo atinge o momenta em que a sua população se divide em dois campos bem diferenciados, como vemos hoje na Terra. Um deles evoluiu o suficiente para integrar urna humanidade planetária superior, o outro continua em estado inferior. A população desse campo inferior precisa ser transferida para outro mundo que esteja no seu nível evolutivo, a fim de que as criaturas refaçam ali o tempo perdido. Quando essa população atingir ali, no outro planeta o nível de evolução necessário, voltará ao seu mundo de origem. Nessa situação, a vivência isolada nas práticas solitárias da meditação constitui uma recapitulação de aprendizado. Era a essas almas emigradas que o Buda dirigia a sua mensagem superior, como outros haviam feito antes dele.
Ao contrário disso, a revelação espírita considera a graça simplesmente coma a força que Deus concede ao homem de boa-vontade para vencer as suas imperfeições, seja ele desta ou daquela religião ou de nenhuma delas. O batismo exclusivista e sectário é substituído pelo antigo batismo do espírito, acessível a todos, não segundo o critério eclesiástico mas segundo o critério de Deus. Nada exemplifica melhor essa questão do que o episódio de Atos em que o Apóstolo Pedro, em dope, se recusa a atender a centurião Cornélius, mas advertido pelo mundo espiritual o atende e descobre o sentido universal do batismo do espírito. Pedro, ainda imbuído dos princípios isolacionistas do Judaísmo, não podia entender que lhe fosse permitido socorrer uma família de romanos impuros em que a mediunidade eclodia. Foi necessário que o Espírito advertisse - a ele que seguira e ouvira o Cristo até o momento da prisão -- de que Deus nada fizera de impuro, para que a sua consciência se abrisse à verda-deira compreensão da mensagem cristã.
O egocentrismo humano, essa centralização do homem em si mesmo, que gera e alimenta o orgulho, é uma decorrência natural das fases de formação da consciência, de formação do indivíduo coma uma unidade espiritual específica, aposta à pluralidade e confusão do mundo. Mas esse egocentrismo, que deve. abrir-se em altruísmo na proporção em que o homem amadurece, é alimentado pelo anseio de privilégios que as igrejas satisfazem com as suas concessões ilusórias aos fiéis. Tudo tem a sua utilidade em seu tempo, mas depois se torna inútil e até mesmo prejudicial. No próprio meio espírita essa tendência a conservar posições do passado ainda subsiste, particularmente no plano institucional, onde os postos de comando reacendem no espírito a chama de velhas e desvairadas ambições. O homem, espírito encarnado -- envolto na neblina da carne, como ensina Emmanuel - está sempre e inevitavelmente propenso a reincidir em seus erros do passado. A volta às condições da vida material o coloca de novo ante a possibilidade de desfrutar as oportunidades que lhe foram úteis ou agradáveis no passado. As ilusões renascem no seu coração humano. As perspectivas espirituais se perdem no nevoeiro. Nas religiões formalistas esse apelo do passado adquire muito mais força.
A luta contra os resíduos do passado exige oração e vigilância, como Jesus ensinou. Não obstante a idealização do Diabo, como personificação mitológica do Mal, todas as grandes religiões reconhecem que a tentação está dentro de nós mesmos. Muito mais que a influência dos espíritos inferiores, o que nos arrasta de volta aos velhos caminhos do erro são as próprias tendências que trazemos em nosso íntimo. A oração consciente, feita com sinceridade e fé, areja o nosso íntimo, lança a sua luz sobre as escuras paisagens interiores da alma, fazendo-nos discernir o contorno real das coisas. Nada se modifica em nós, mas iluminamo-nos por dentro. E se mantivermos a nossa vigilância na intenção verdadeira de acertar, facilmente veremos o que nos convém e o que não nos convém. Poderemos então repetir com Paulo: Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. E, seguindo assim o caminho que a prudência esclarecida nos indica, tudo modificaremos para melhor em nós mesmos, tornando-nos aptos a auxiliar os outros a se melhorarem.
Temos a cada instante, a cada minuto, diariamente em nossa vida a experiência de Deus. Porque a própria vida é, em si mesma, essa experiência. Desde o momento em que nascemos até o instante final da nossa existência estamos em relação permanente com Deus, não o Deus particular desta ou daquela igreja, mas o Deus em espírito e matéria que se manifesta numa haste de relva, na beleza gratuita de uma flor, no brilho de uma estrela, num perfume, numa voz, numa nota musical isolada, num aperto de mão e principalmente numa idéia, num sentimento, numa aspiração que brota do anseio de transcendência da nossa. alma. O que nos falta é estar mais atentos, mais despertos para a percepção consciente desses múltiplos e infindáveis milagres da vida cotidiana. O homem sem Deus é somente aquele que se nega a aceitar a presença de Deus em si e em seu redor. Para esse homem, a meditação é um ensaio no campo da frustração, um ,mergulho no mundo opaco do sem-sentido.
J. HERCULANO PIRES -AGONIA DAS RELIGIÕES

sexta-feira, 13 de março de 2009

Lindas Mensagens



Queridos amigos,
O verão se despede, estamos quase no outono. Tempo de se recolher, de meditar... Mas para alguns, este tempo surge revestido de tristeza, de desânimo, de melancolia, de depressão...
Por isso reunimos as frases abaixo, repletas de estímulo e carinho, para oferecer a vocês, para ajudar nessa caminhada que sabemos bem nem sempre é fácil.
Mas por mais que a vida esteja "bicuda", não se deixem abater. Quem está passando por dificuldades, tenha bom ânimo, e quem está bem, é hora de ajudar em dobro. Nada de solidão, de ausência, de horas tristes. Sofrer por que?
Jesus espera por nós de braços abertos, amoroso e paciente.
Você não vai perder este abraço, vai?
Carinho,
Equipe de Mensagens do Instituto André Luiz
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FRASES DE ESTÍMULO
Compilação: Instituto André Luiz
"Por maior que seja a carga de provações e problemas que te pesam nos ombros, ergue a fronte e caminha para frente, trabalhando e servindo, amando e auxiliando, porque ninguém, nem circunstância alguma te podem furtar a imortalidade, nem te afastar da onipresença de Deus." - Emmanuel
***
"Não temas as provas de hoje, e supera o mal com o bem.
Todos temos um amanhã..." - Emmanuel
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"Ergue a fronte, coragem!... A vida te pertence.
Ninguém pode afastar-se do programa de Deus." - Emmanuel
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"A sustentação da calma que nos compete manter,
Precisa sempre de alguém que saiba amar e sofrer." - Cornélio Pires
***
"Seja qual for a provação que te visita, acalma-te e espera. Muitas vezes, quando a resposta do Céu parece tardar, ante o pedido que formulaste, em oração, semelhante demora significa que o Céu, em silêncio, permanece Contando com a tua paciência." - Emmanuel
***
"Nas provas com que te defrontes, conserva a serenidade da paciência para que te sobreponhas aos impactos inevitáveis do sofrimento que, na Terra, comparece no caminho de todos." - Emmanuel
***
"Se você está procurando a felicidade pela prática do bem, não perca o seu dia com dúvida e desalento, porque confiando em Deus e em você mesmo, basta seguir em frente com o seu trabalho e você a encontrará." - André Luiz
***
"Age e constrói, abençoa e auxilia sempre para o bem, mas não te esqueças de que se não consegues estabelecer a harmonia e a segurança no íntimo dos outro, podes claramente guardar a calma e a fé no próprio coração." - Emmanuel
***
"Se aceitaste Jesus por mestre da vida, trazes contigo a chama capaz de acender a fé nos companheiros que vagueiam no mundo, à maneira de lágrimas apagadas.
Prossegue amando." - Meimei
***
"Não te espantes à frente do conflito da luz e da treva em ti mesmo...
Segue a luz e acertarás o caminho." - Emmanuel
***
"Confiança é a sua coragem de superar-se, realizando o melhor ao seu alcance." - André Luiz
***
"Nos dias de provação, conserva o silêncio e esquece;
A todo instante da vida, o amor de Deus acontece..." - Cornélio Pires
***
"Se problemas te cercam, não te perturbes. Ora.
Muita dor que imaginas, nunca aparecerá." - Emmanuel
***
"Se a provação te busca, não reclames. Confia. Tudo na evolução sofre pra expandir-se.
Ante os punhais da rocha faz-se a fonte mais pura. A rosa vem à luz no colo do espinheiro...
Dentro da própria dor, a alegria renasce. Depois da meia-noite, rebrilha o amanhecer." Emmanuel
***
"Se te propões à obra da caridade genuína, não te dês tempo para anotar a alheia incompreensão. Segue para adiante, entendendo e servindo, na certeza de que o sol levanta novo dia, depois de cada noite, aprendendo com o Cristo que a vitória do amor depende da nossa disposição de começar e recomeçar." - Emmanuel
***
"Aflições e lágrimas são processos da vida, em que se te acrescentam as energias, a fim de que sigas à frente, na quitação dos compromissos esposados, para que se te iluminem os olhos, no preciso discernimento." - Emmanuel
***
"Nos dias difíceis de atravessar, levante-te para a vida, ergue a fronte, abraça o dever que as circunstâncias te deram e abençoa a existência em que a Providência Divina te situou." - Emmanuel
***
"De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo." - Meimei
***
"Por maiores se façam a dor que te visite, o golpe que te fira, a tribulação que te busque ou o sofrimento que te assalte, não esmoreças na fé e prossegue fiel às próprias obrigações, porque se todo o bem te parece perdido, na face da tarefa em que te encontras, guarda a certeza de que Deus está contigo, trabalhando no outro lado." - Emmanuel
***
"Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo." - Meimei
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"Eis a dupla singular - escora que nos descansa:
sentir sem desanimar, nunca perder a esperança.
Se sofres, serve e confia, não te queixes, nem te irrites.
Espera. A bênção de Deus é proteção sem limites..." - Meimei
***
"Cada qual de nós, até que se integre na Grandeza Suprema, é uma obra-prima de inteligência em processo de habilitação na oficina da vida, a caminho da Perfeição." - André Luiz


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"O silêncio em serviço é uma prece que fala." - Emmanuel
"A humildade é um anjo mudo." - André Luiz

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

BOM APRENDER ASSIM



BOM APRENDER ASSIM...!!!

2009 é o ano da reforma ortográfica.
Em casos como AUTOESTIMA o hífen cai. A tua é que não pode cair.
Em algumas palavras o acento desaparece, como em FEIURA. Aliás, poderia desaparecer a palavra toda.
O acento também cai em IDEIA, só que dela a gente precisa. E muito.
O trema sumiu em todas as palavras, como em INCONSEQUÊNCIA, que também poderia sumir do mapa. Assim, a gente ia viver com mais TRANQUILIDADE.
Mas nem tudo vai mudar.
ABRAÇO continua igual. E quanto mais apertado, melhor.
AMIZADE ainda é com "z", como vizinho, futebolzinho, barzinho.
Expressões como "Eu te amo." continuam precisando de ponto. Se for de exclamação, é PAIXÃO, que continua com "x", como ABACAXI, que gostando ou não, a gente vai ter alguns para descascar. SOLITÁRIO ainda tem acento, como SOLIDÁRIO, que só muda uma letra, mas faz uma enorme diferença.
CONSCIÊNCIA ainda é com SC, como SANTA CATARINA, que precisa tocar a vida pra frente. E por falar em VIDA, bom, essa muda o tempo todo, e é por isso que emociona tanto.